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Introdução às Crypto Coins

Atualizado: 19 de nov. de 2020

Para quem me conhece, não é novidade o meu interesse e entusiasmo pelas Crypto Coins, por isso, tentarei ser o mais isento possível nas opiniões que possa tecer sobre este tema. E não, não fiquei milionário com a subida abrupta da Bitcoin de cêntimos para as dezenas de milhares de euros no final de 2017! Não que não gostasse que tivesse acontecido, mas porque enquanto trader e formador de traders, fui fiel aos meus princípios de trading e não encontrei qualquer base técnica que sustentasse o meu investimento nesses ativos, para alem da falta de liquidez desse ativo o que o deixa muito sensível à entrada de grandes capitais.

Em primeiro lugar, o que são as Crypto Coins? São moedas virtuais que não respondem a nenhum estado ou governo nem têm nenhum banco central que decida valorizar ou desvalorizar a moeda, têm normalmente um mandato, existem em quantidade limitada, não são fiscalizadas pelas autoridades e são possíveis apenas porque existem computadores.

Têm valor porque, tal como nas moedas tradicionais como o Euro ou Dolar, as pessoas confiam na liquidez dessas moedas, ou seja, quando recebem um pagamento com estas moedas, acreditam que alguém estará disposto também a receber um pagamento da mesma forma e que dará o mesmo valor à moeda.

As transações são praticamente instantâneas e não têm quaisquer comissões, independentemente do local geográfico do globo onde se encontrem comprador e vendedor. Outra grande vantagem é o elevado grau de segurança que envolve este tipo de transações e é exatamente aqui que a minha curiosidade despertou mais à atenção.

Queria evitar ao máximo falar de moedas especificas, mas não posso deixar de falar no exemplo da Bitcoin por ser talvez a mais conhecida sendo que a primeira moeda virtual que existiu na Europa foi o ECU que servia exclusivamente para transações entre bancos de diferentes países da União Europeia.

A Elevada segurança das transações deve-se ao facto de todas as transações estarem protegidas por elevados níveis de encriptação, que não é mais do que codificar as transferências com passwords muito longas e complicadas de decifrar bem como outros processos que tentarei explicar mais à frente.

Figura 1 – Encriptação


Comecemos então pela encriptação que não é novidade nenhuma pois já no tempo das grandes Guerras, os militares utilizavam máquinas parecidas a máquinas de escrever que codificavam as mensagens que circulavam nos cenários de guerra. A mais conhecida chamava-se ENIGMA. A grande diferença para os dias de hoje é que essa encriptação deixou de ser mecânica e passou a ser informática ou digital. Pegando no exemplo da Bitcoin, para alem de cada pessoa ter duas Passwords, a púbica e a privada, a tecnologia de codificação utilizada por esta moeda chama-se SHA256 (Secure Hash Algorithm 256-bit) desenvolvida inicialmente pela Agência de Segurança Americana NSA (National Security Agency) ou seja, uma password com 256 caracteres!!! Já imaginaram se a nossa password para ligar o computador tivesse 256 caracteres??… acho que seria difícil para nós próprios quanto mais para qualquer assaltante. Atualmente, um computador específico para resolver problemas matemáticos e por isso com grandes capacidades de processamento, leva aproximadamente 10 minutos para decifrar uma password deste tamanho e sim é possível decifrar, mas o sistema continua seguríssimo, porque entra agora outro conceito que é a Blockchain.


Figura 2 – Blockchain


Blockchain é o equivalente ao nosso extrato bancário mas em vez de cada um de nós ter acesso ao seu extrato bancário, no caso das crypto moedas, cada um de nós tem acesso ao extrato de todas as transações que acontecem no mundo inteiro com essa moeda, apesar desse extrato estar codificado e só conseguirmos descodificar as nossas. Assim, se alguém tentar enganar o sistema e alterar um extrato de forma fraudulenta, essa alteração é automaticamente eliminada e reposta a verdadeira porque os restantes extratos estão diferentes do que foi adulterado. É como se estivéssemos constantemente a comparar os nossos extratos para ver se toda a gente tem um extrato igual ao nosso e por isso ainda é tecnicamente impossível, “enganar o sistema” porque existem milhões de utilizadores e cada um tem “o extrato” e o vigarista teria de conseguir alterar todos ou pelo menos a maioria dos extratos para que o dele passasse a ser verdade e não existe ainda computador ou conjuntos de computadores capazes de tal tarefa.

Hoje em dia, existem bancos que estão a adotar esta tecnologia para proteger os seus dados e creio que este será o caminho que iremos seguir ao nível da segurança informática.



Figura 3 – Pear to Pear


Existem centenas ou até mesmo milhares de moedas virtuais e até existiu um Crypto Escudo.


Figura 4 – Simbolos de Crypto Coins


Inicialmente estas moedas eram exclusivas para transações entre grupos restritos de informáticos mas espalhou-se rapidamente para o público em geral, para algum comércio e atualmente até as corretoras já têm CFD destas moedas com pares cambiais de moeda tradicional como o Euro ou o Dolar e foi esta rápida expansão que fez o valor destas moedas inflacionar de forma exponencial e inimaginável.

Vejamos então a evolução da Bitcoin face ao Dolar:


Ainda que seja uma moeda com pouco histórico, é muito giro observar que do ponto de vista técnico, também estas cumprem uma serie de padrões…


Há quem diga que estas moedas vão desaparecer, outros que não pode descer mais, outros ainda que dizem que não pode subir mais… eu acho que ainda agora estamos a começar…

Pague-se, Poupe e Invista!

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Samuel Laranjeira

Co-Founder at Income Markets, Empresário e Consultor de Gestão.

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